Representatividade e Inclusão: pilares que fortalecem a Aeronáutica Brasileira
Viniciuus - 11 de Abril
Um assunto importante.
Dentro de uma instituição estruturada como a Aeronáutica Brasileira, é fácil nos deixarmos levar apenas por hierarquias, cargos e funções. Mas, por trás de cada uniforme virtual, existe um universo de vivências, personalidades e histórias únicas. Por isso, falar sobre representatividade e inclusão não é apenas necessário, é essencial.
Nosso ambiente vai muito além de um jogo. É um espaço onde pessoas de diferentes regiões, gêneros, idades, formas de se expressar e até mesmo com distintas visões de mundo se reúnem com um objetivo em comum: servir, crescer e conviver com respeito. E para que isso aconteça de forma saudável e verdadeira, é indispensável que cada membro se sinta acolhido, respeitado e representado.
Dentro da Aeronáutica Brasileira, todos têm o direito de utilizar o avatar que desejarem, seja masculino, feminino ou neutro, independentemente de sua identidade fora do jogo. Temos membros que optam por usar bonecos femininos mesmo sendo do sexo masculino, e vice-versa, e isso não diminui em nada sua competência, seu comprometimento ou sua dedicação à instituição.
Mais do que aceitar, é nosso dever respeitar as decisões individuais de cada membro: usar o avatar que quiser, ser chamado pelo pronome com o qual se identifica, se expressar da forma que se sentir confortável. O que torna alguém digno de respeito não é a aparência do boneco, mas sim as atitudes e a forma como trata os outros.
A construção de um ambiente inclusivo não depende apenas da liderança, mas de todos. Começa nas pequenas atitudes: evitar piadas de mau gosto, respeitar os nomes e pronomes escolhidos, não julgar pela aparência do avatar e, principalmente, estar aberto ao diálogo. Um simples gesto de respeito pode transformar o dia de alguém e o contrário também é verdadeiro.
Quando criamos um ambiente onde todos se sentem vistos e valorizados, o desempenho melhora, o engajamento cresce e a convivência se fortalece. Afinal, ninguém quer estar em um lugar onde precisa esconder quem é para ser aceito.
É importante lembrar que a postura dos mais antigos, dos instrutores, dos oficiais e líderes tem um grande peso. Quando a liderança demonstra respeito e empatia, isso se espalha naturalmente entre os demais membros. E é isso que torna a Aeronáutica Brasileira uma referência: não apenas pela organização, mas também pelos valores que carrega.
A resposta é simples: um espaço onde todos tenham voz, onde todos possam ser quem são, e onde o respeito seja inegociável. A representatividade fortalece. A inclusão transforma. E cada um de nós tem um papel nesse processo.
Que possamos seguir construindo uma Aeronáutica onde a diversidade não apenas existe, mas é celebrada. Onde cada pessoa independente de sua identidade, expressão, sotaque ou história se sinta parte de algo maior.
No fim das contas, o que nos torna fortes não é a nossa semelhança, mas a nossa capacidade de caminhar juntos, respeitando as diferenças. Que essa seja sempre a base sobre a qual construímos a nossa Aeronáutica: união, empatia e igualdade para todos.
Aspirante-a-Oficial e Co-Diretor, Viniciuus.
Adriana2oo5